15 de julho de 2010

Controlando a fome com a mente


Estudo sugere que a quantia de comida que vemos altera noção de saciedade

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, e que será apresentada entre 13 e 17 de Julho, no Annual Meeting of the Society for the Study of Ingestive Behavior (SSIB), associação referência em pesquisas sobre o comportamento alimentar, sugere que a chave para a perda de peso pode ser manipular nossa percepção da quantidade de alimentos que precisamos ingerir para ficarmos satisfeitos.

Os resultados sugerem que o controle das porções que consumimos é totalmente baseado no domínio da percepção do tamanho destas porções. Portanto, as expectativas antes de comer e a memória depois da refeição desempenham um papel importante no processo de controle do apetite e saciedade.

Num primeiro experimento, os participantes avaliados foram expostos a ingredientes de uma salada de frutas. Para metade deles foi mostrada uma pequena porção de frutas, enquanto que para o outro grupo foi exibida uma porção grande. Eles foram questionados sobre sua avaliação de sua expectativa de satisfação com as frutas e a relatar suas impressões antes e três horas após o consumo.

Os participantes que foram expostos à porção grande de frutas alegaram significante sensação de saciedade. No entanto, consumiram a mesma pequena porção, assim como todos os outros participantes.


De acordo com os pesquisadores, a condição para um alimento aliviar a fome não é determinada apenas pelo seu tamanho físico, conteúdo de energia, e assim por diante. "Pelo contrário, é influenciada pelas experiências anteriores com um alimento, que afetam nossas crenças e expectativas sobre a saciedade. Isto tem um efeito imediato sobre o tamanho das porções que nós selecionamos e um efeito sobre a fome que sentimos depois de comer", explica Jeff Brunstrom, líder do estudo.

Os participantes do teste ficaram mais satisfeitos por longos períodos de tempo depois de consumir variadas quantidades de comida, pois foram levados a crer que as porções seriam maiores do que o seu tamanho real.

A memória está no comando.

As memórias que as pessoas têm antes das refeições sobre a satisfação que aquele alimento vai trazer também foram determinantes para mostrar por quanto tempo estas refeições manteriam o indivíduo sem fome. Os resultados sugerem que as expectativas antes de comer e a memória depois de ter se alimentado desempenham um papel importante no processo de controle do apetite e saciedade.

Na segunda etapa do experimento, os pesquisadores usaram uma tigela de sopa ligada a um sistema de bombeamento escondido debaixo da tigela, e assim manipularam a "real" e a "percebida" quantidade de sopa que as pessoas pensavam que tinham consumido. Durante a refeição, sem o conhecimento dos participantes, a quantidade de sopa foi aumentada ou diminuída através do mecanismo.

Três horas depois da refeição, foi percebido que a quantidade vista na tigela de sopa, antes de comer, é que determinava a fome pós-prandial (que ocorre no período depois das refeições), bem como as avaliações de saciedade e não a quantia real consumida por cada participante.

Os apontamentos ainda poderiam ser utilizados na identificação dos alimentos mais eficazes. "As etiquetas nos alimentos "light" e "diet" podem nos levar a pensar que não ficaremos satisfeitos por estes alimentos, possivelmente nos levando a comer mais", acrescentou Brunstrom. "Uma maneira de combater este cenário, seria acentuar os efeitos de saciedade potencial de um alimento com rótulos como "satisfatório" ou "alivia a fome".

Três horas depois da refeição, foi percebido que a quantidade vista na tigela de sopa, antes de comer, é que determinava a fome pós-prandial (que ocorre no período depois das refeições), bem como as avaliações de saciedade e não a quantia real consumida por cada participante.

Os apontamentos ainda poderiam ser utilizados na identificação dos alimentos mais eficazes. "As etiquetas nos alimentos "light" e "diet" podem nos levar a pensar que não ficaremos satisfeitos por estes alimentos, possivelmente nos levando a comer mais", acrescentou Brunstrom. "Uma maneira de combater este cenário, seria acentuar os efeitos de saciedade potencial de um alimento com rótulos como "satisfatório" ou "alivia a fome".


Aposte na alimentação certa para aumentar a saciedade.

A solução para não bater de frente com a dieta é apostar em um prato com alimentos ricos em nutrientes com forte poder de saciedade. Isso mesmo, a ideia é retardar a sensação de fome e evitar que você fique beliscando guloseimas ao longo do dia. "Um elevado poder saciante é encontrado em alimentos ricos em proteínas, fibras e água, enquanto alimentos ricos em gordura apresentam baixa capacidade de controlar o apetite", explica a nutricionista Patrícia Bertolucci.

Para não sentir fome ao longo do dia, o ideal é saborear um café da manhã rico em nutrientes, assim não chegamos na hora do almoço querendo abocanhar tudo o que vemos pela frente. "A mistura de uma xícara de frutas picadas coberta com um pote de iogurte light, duas colheres de sopa de granola e uma colher de sopa de geleia resulta em um sabor intenso que mata a vontade de comer doce ao longo do dia", recomenda a nutricionista Cyntia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria."Essa mistura é rica em fibras e, além de não prejudicar o regime, ajuda a não sentir fome".

Modelo: Vagner Branco

Fonte: Yahoo

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